segunda-feira, 4 de julho de 2016

O Salgueiro, a população e o seu estado









     Já há uns tempos que não vinha por aqui. A página do FB tornou-se uma pouco mais prática para o dia-a-dia mas há coisas que aqui ficam mais em notícia fácil de procurar.
     Estava por aqui pensando sobre o "estado" do Salgueiro.O que já foi em população, a sua criatividade, o seu ânimo  e o que nesta data se comenta e observa principalmente aos de fora.

       Diz-se que:
       - O Salgueiro está “morto”,... parado...desmotivado.  
      
     Acho que têm razão. Na verdade se olharmos com atenção verificamos que a nossa aldeia é uma das que ao nosso redor mais tem sofrido com a desertificação ao nível do desaparecimento de habitantes e o envelhecimento da população. 
     Creio que nos nos últimos tempos pelo menos três anos, nem uma criança nasceu, mas isto não basta para o que se observa porque  ainda há muita gente nova ou de meia idade.

  Temos um enorme edifício que alberga a Associação sem direcção, sem manutenção. A Comissão Administrativa que a gere, está limitada na sua acção e ninguém aparece para a reavivar e formar uma direcção.
    Aos domingos na Missa e outras festas religiosas a Capela fica a meio na sua lotação. 
     Os poucos crentes que ainda vão compondo a assembleia são na sua quase totalidade gente idosa.
    Das festas tradicionais do patrono S. João e de Nossa Senhora do Livramento só se mantêm a parte religiosa. Valha-nos isso.
       Com alguma dificuldade e muita carolice vai-se aguentando o Rancho Etnográfico.

     Tempos houve que alguns salgueirenses tomavam iniciativas. Fizeram-se festas, homenagens. A capela enchia-se de gente, a Associação mexia com muitas actividades das quais ainda existe registo gravado.
      Em tempo recorde construí-se um edifício com uma Capela Mortuária e outras salas com condições nobres para os familiares dos defuntos que não haverá outra nas redondezas onde foram investidos 83.000 euros.
     Tudo acabou e ninguém mais se está ralando com a sua terra instalando-se a desmotivação.

   Os nossos emigrantes no estrangeiro pedem-me notícias da sua terra, mas por tudo o que acima foi dito, falta matéria prima para notícias.
    Restam as de carácter religioso que  ainda se vão cumprindo no seu calendário.

     A minha pergunta é esta:
 ....... Não haverá por aí ninguém disposto a assumir e inverter esta situação ?.

Fica o repto.

Luís Patriarca



























(Se quiser ver a imagem do topo do blogue na totalidade centre a foto no monitor e deslize o cursor)


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