Já há uns tempos que não vinha por aqui. A página do FB tornou-se uma pouco mais prática para o dia-a-dia mas há coisas que aqui ficam mais em notícia fácil de procurar.
Estava por aqui pensando sobre o "estado" do Salgueiro.O que já foi em população, a sua criatividade, o seu ânimo e o que nesta data se comenta e observa principalmente aos de fora.
Diz-se que:
- O Salgueiro está “morto”,... parado...desmotivado.
Acho que têm razão. Na verdade se olharmos com
atenção verificamos que a nossa aldeia é uma das que ao nosso redor mais tem sofrido com a desertificação ao nível do desaparecimento de habitantes e o envelhecimento da população.
Creio que nos nos
últimos tempos pelo menos três anos, nem uma criança nasceu, mas isto não basta para o que se observa porque ainda há muita
gente nova ou de meia idade.
Temos um enorme edifício que
alberga a Associação sem direcção, sem manutenção. A Comissão Administrativa que
a gere, está limitada na sua acção e ninguém aparece para a reavivar e formar
uma direcção.
Aos domingos na Missa e outras
festas religiosas a Capela fica a meio na sua lotação.
Os poucos crentes que ainda
vão compondo a assembleia são na sua quase totalidade gente idosa.
Das festas tradicionais do patrono
S. João e de Nossa Senhora do Livramento só se mantêm a parte religiosa.
Valha-nos isso.
Com alguma dificuldade e muita carolice vai-se
aguentando o Rancho Etnográfico.
Tempos houve que alguns salgueirenses tomavam iniciativas. Fizeram-se festas, homenagens. A capela enchia-se de gente, a Associação mexia com muitas actividades das quais ainda existe registo gravado.
Em tempo recorde construí-se um edifício com uma Capela Mortuária e outras salas com condições nobres para os familiares dos defuntos que não haverá outra nas redondezas onde foram investidos 83.000 euros.
Tudo acabou e ninguém mais se está ralando com a sua terra instalando-se a desmotivação.
Os nossos emigrantes no
estrangeiro pedem-me notícias da sua terra, mas por tudo o que acima foi dito, falta matéria prima para notícias.
Restam as de carácter religioso que ainda se vão cumprindo no seu calendário.
A minha pergunta é esta:
....... Não haverá por aí ninguém disposto a assumir e inverter esta situação ?.
Fica o repto.
Luís Patriarca
(Se quiser ver a imagem do topo do blogue na totalidade centre a foto no monitor e deslize o cursor)
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