quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RECORDANDO - Francisco Pereira Silvestre

     Falar de Francisco Pereira Silvestre ou o Sr. Silvestre como era conhecido aqui no Salgueiro, é falar de uma pessoa extremamente simples e simpática, com todos os atributos de um benemérito que foi, de uma pessoa que luta pela causa em que se envolve e acredita, um grande amigo do seu amigo. Um homem com H grande.
    Faleceu repentinamente há dois anos.
    As gentes do Salgueiro jamais esquecerão esta pessoa que desde os anos sessenta se interessou por esta terra de uma forma extremamente relevante. Criou postos de trabalho remunerados bastante acima da média da época. Apesar da sua profissão ser a área dos seguros, a vinha e o pomar era a sua actividade no Salgueiro.
    Tentou minorar as condições dos mais pobres. Trouxe formas de progresso a locais do Salgueiro que só com grandes influências e empenho  pessoais foram conseguidas. Nos anos sessenta,a cooperativa de Máquinas Agrícolas do Salgueiro, talvez a primeira a nivel nacional,  bem como a instalação de electricidade pública são apenas duas  das muitas vantagens que trouxe para cá. A igreja local foi também beneficiada pelo Sr. Silvestre que a muniu de um órgão e a torre sineira foi contemplada com um relógio e um sino de considerável envergadura. Organizou por sua conta convívios, festas, actividades culturais – não nos podemos esquecer o concurso literário intitulado “ Salgueiro Terra Maravilhosa” que foi um sucesso a nível regional com prémios pecuniários bem elevados.

Sr. Silvestre discursando durante a entrega dos prémios
do concurso literário "Salgueiro Terra Maravilhosa"

Pessoa boa, com forte personalidade, mas também ambiciosa, nunca conseguiu os apoios necessários para concorrer á Câmara Municipal por não estar envolvido partidariamente. Se o tivesse conseguido tenho quase a certeza que o Bombarral e as povoações do concelho muito teriam beneficiado com a competência do senhor Francisco Pereira Silvestre.
Foi a a única pessoa desta aldeia que em vida teve o seu nome dado a uma rua desta terra, uma rua que dá acesso à propriedade que tanto gostava, o Casal das Maceiras, e bem o mereceu.
RECORDAR É VIVER

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